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Crítica Capitão América Admirável Mundo Novo

Atualizado: 3 de ago.

Fazendo um combo de filme de super-herói, intrigas internacionais e drama sobre identidade, o novo filme do Capitão América - Capitão América Admirável Mundo Novo - chega em meio a um coro por uma renovação do gênero e, ao mesmo tempo, a uma desconfiança generalizada em relação à produção, fruto das inúmeras refilmagens e das mudanças de última hora no roteiro. No entanto, o resultado surpreende positivamente, ainda mais se compararmos a obra com a maioria dos filmes da fase 4 da Marvel.


Sam Wilson como o novo Capitão América segurando o escudo em cenário primaveril com flores rosa – personagem do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU)
Anthony Mackie em ação

Dirigido por Julius Onah, de “O Paradoxo Cloverfield” (2019), Capitão América Admirável Mundo Novo busca explorar temas contemporâneos, vestindo com orgulho a “fantasia” de um filme de super-herói, ao mesmo tempo em que procura desenvolver os dilemas de seus protagonistas. Com atuações verossímeis de Anthony Mackie e Harrison Ford, o filme compensa os furos de roteiro e alguns equívocos nos aspectos técnicos (sobretudo no CGI) com o carisma genuíno de seus protagonistas e cenas de ação inspiradas.


Sinopse


Na história, somos jogados (sem muito rodeio) no meio de um rebuliço internacional. O presidente dos EUA, Thaddeus "Thunderbolt" Ross (interpretado por Ford), sofre um atentado na Casa Branca. A partir daí, a coisa só desanda: espionagem, teorias da conspiração e uma confusão gigantesca envolvendo o adamantium, um metal novo que todo mundo quer para si. No meio desse caos todo, sobra para Sam Wilson (Anthony Mackie) segurar a bronca como Capitão América. O clima lembra muito O Soldado Invernal, cheio de paranoia, jogadas políticas e aquela pressão absurda de carregar o escudo.






O filme não agradou a todos


O filme não agradou a todos. Sua recepção foi morna tanto pela crítica especializada quanto pelo público em geral, com opiniões divididas a respeito da trama e do desenvolvimento dos personagens. Alguns críticos apontaram falhas no roteiro e escolhas questionáveis na direção, enquanto parte da audiência sentiu falta de originalidade. No entanto, como fã ardoroso do gênero ação/espionagem e apaixonado por filmes de super-heróis, posso garantir que se trata de uma boa obra, que entrega exatamente o que promete: entretenimento puro. Com cenas de ação bem coreografadas, uma boa dose de tensão e um elenco carismático, o longa consegue prender a atenção e garantir diversão durante suas quase duas horas de duração.


Um detalhe crucial afetou o impacto do final


O clímax, que poderia ter sido muito mais impactante, acabou prejudicado pela quantidade de spoilers na campanha de marketing. Se não fosse isso, o final teria sido super climático e talvez até revertesse boa parte das impressões negativas sobre o filme. Digo isso com a autoridade de quem achou O Sexto Sentido um “filme comum” até a revelação final. Não que haja margem de comparação entre o novo filme do Capitão América e a obra-prima de M. Night Shyamalan — seja pela importância ou pelo fato de serem gêneros diametralmente opostos —, mas sabemos que um bom final pode ressignificar o todo de uma obra. Vamos fazer juntos um exercício de imaginação. Preparados? Ótimo. Você está confortavelmente sentado na sua poltrona, comendo sua pipoca e se resignando a assistir a mais um filme industrializado: decente, mas ainda assim mais um exemplar enlatado que segue a engessada fórmula da Marvel. Então, no ato final, um Harrison Ford enfurecido cai de joelhos em frente à Casa Branca e desaparece atrás do púlpito onde discursava. A trilha sonora faz sua mágica e, de repente, o Presidente dos Estados Unidos se levanta completamente transformado, ardendo em fúria, com um olhar ameaçador que penetra todos ao seu redor. Soma-se a isso o fato de que não há nenhum herói por perto minimamente capaz de lidar com tamanha ameaça. Sentiram o drama? Ia ser o clímax perfeito. Aí o Sam chega, a porrada come e o filme segue para seu desfecho. Uma pequena mudança de estratégia comercial (não revelar o Hulk Vermelho no material promocional) poderia ter alterado completamente a experiência do público. Entendo que o objetivo do marketing era mostrar o “Vermelhão” justamente para atrair espectadores, mas acredito que tenha sido uma estratégia equivocada — da mesma forma que foi uma decisão acertada não revelarem a presença dos outros “miranhas” em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Se no final o que realmente conta para o estúdio é a bilheteria, nada melhor do que o bom e velho boca a boca após a estreia para atrair mais público, o que teria sido mais eficaz se o final fosse uma surpesa.


Versão do Hulk Vermelho com expressão furiosa em cena de ação urbana, pele vermelha intensa e olhos brilhantes – personagem de filme de super-herói da Marvel
Hulk Vermelho: um dos pontos altos de Capitão América: Admirável Mundo Novo

Um trabalho bem feito


Capitão América Admirável Mundo Novo não reinventa a roda, mas executa suas pretensões de maneira muito satisfatória, deixando o terreno pronto para o epílogo da Saga do Multiverso. Pelo fato de o filme ter passado pelas mãos de tantos roteiristas, o texto se mantém coerente, com alguns tropeços pontuais aqui e ali (nada tão fora da curva em comparação com outras obras do gênero).


Sam Wilson com uniforme do Capitão América e óculos tecnológicos em ambiente interno com iluminação dramática – herói do Universo Marvel
Sam Wilson como o novo Capitão América

Com um orçamento inicial de 180 milhões de dólares (mas que pode ter chegado a 300 milhões devido às refilmagens), o filme fica aquém do esperado em vários aspectos técnicos, como direção de arte (genérica e sem inspiração), trilha sonora (que muitas vezes parece desconectada da história) e, é claro, efeitos visuais — o grande telhado de vidro da Marvel nos últimos anos. Mas destaco que, apesar de em muitas cenas o CGI ser duvidoso, o Hulk Vermelho ficou excelente. A riqueza de detalhes da criatura e a fúria que ela transmite ao perseguir e lutar com o Capitão América são dignas de nota.

Também me agradou muito a desproporção na escala de poder entre o herói e o vilão na batalha final. Esse detalhe apenas ressalta a bravura e a resiliência de Sam, que, apesar de virtualmente não ter chance de vitória, se recusa a desistir, honrando o legado do escudo e se consolidando de vez como o novo Capitão América.





Nota do Soucine – 7/10


Capitão América Admirável Mundo Novo

Título original:  Captain America: Brave New World

Ano: 2025

País: EUA

Classificação: 14 anos

Duração: 1h58 min

Direção: Julius Onah

Elenco: Anthony Mackie, Harrison Ford, Danny Ramirez


E você, o que achou de Capitão América: Admirável Mundo Novo?  Acha que o filme faz jus ao legado do escudo ou ficou devendo? Curtiu o Hulk Vermelho? Deixe sua opinião nos comentários — vamos adorar saber sua visão sobre mais esse capítulo do MCU! #Crítica Capitão América Admirável Mundo Novo


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