Comic-Con 2025 sem Marvel, DC e outros estúdios: custo e estratégia afastam grandes nomes
- Douglas Faccenda
- 4 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de ago.
A Comic-Con 2025, tradicional vitrine de anúncios grandiosos do cinema e da TV, terá uma configuração bem diferente neste ano. Segundo matéria exclusiva do TheWrap, os principais estúdios — incluindo Marvel Studios, DC Studios e outros gigantes da indústria — decidiram não participar com painéis no Hall H, espaço mais prestigiado do evento. A decisão levanta questões sobre o futuro das grandes apresentações ao vivo para o público geek.

De acordo com o TheWrap, os estúdios alegam dois motivos principais para a ausência: o alto custo operacional e questões de calendário. Participar de uma apresentação no Hall H, mesmo em formato reduzido, pode custar centenas de milhares de dólares. Isso inclui honorários de talentos, passagens, hospedagem, figurino, maquiagem e toda a estrutura de produção. Quando envolve estrelas de primeiro escalão, os gastos sobem ainda mais — especialmente quando a presença exige transporte e hospedagem em padrão cinco estrelas.
Apesar da ausência dos estúdios mais famosos, a Comic-Con seguirá com painéis de outros títulos menores, além de atrações focadas em quadrinhos, séries e cultura pop em geral. No entanto, a decisão dos grandes estúdios de não comparecer ao evento pode marcar um ponto de virada no modelo de divulgação adotado nos últimos anos. Cada vez mais, as produtoras têm optado por estratégias digitais, com investimentos em trailers lançados exclusivamente online, lives e eventos próprios, que, além de serem mais econômicos, oferecem maior controle sobre a narrativa, os cronogramas e a recepção do público.

Uma nova estratégia de marketing
Essa mudança reflete uma reconfiguração no relacionamento entre indústria e fãs, onde a internet passa a ocupar um papel central na construção do hype em torno das grandes estreias. Plataformas como YouTube, X (antigo Twitter), Instagram e TikTok tornaram-se vitrines estratégicas para o lançamento de conteúdos promocionais, enquanto os estúdios ganham liberdade para moldar seu calendário promocional sem depender da agenda de grandes convenções. A lógica agora não é mais concentrar todos os anúncios em um único momento de euforia coletiva, mas diluir revelações ao longo do tempo, mantendo o interesse vivo e o engajamento constante nas redes sociais. Essa descentralização também permite uma comunicação mais segmentada e direta com diferentes nichos de público, criando campanhas mais personalizadas e, muitas vezes, mais eficazes na geração de engajamento.
Para os fãs, isso significa uma mudança significativa: a expectativa por grandes surpresas durante a Comic-Con deu lugar à expectativa por revelações bem cronometradas, geralmente mais próximas das datas de estreia ou em eventos produzidos especificamente pelos estúdios, como por exemplo a D23 Expo (Disney) e o Tudum (Netflix).
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